Os 50 tambores grafitados em plena praça do Patriarca nos últimos dias 20 e 21 de outubro por 31 grafiteiros paulistanos serão expostos, a partir da primeira semana de novembro, em cinco estações do metrô e cinco estações da CPTM.
Os trabalhos fazem parte do projeto Tambor Arte, uma iniciativa da
Secretaria Municipal de Participação e Parceria (SMPP), por meio da
Coordenadoria da Juventude, em parceria com a Suvinil Spray e a World Expo.
Durante um mês, os tambores serão exibidos nas estações do metrô (Ana Rosa,
São Judas, República, Tatuapé e Largo 13) e nas estações da CPTM (Brás,
Perus, José Bonifácio, Júlio Prestes e Cidade Jardim).
Além da divulgação nas estações, os tambores poderão integrar a delegação de
obras que representarão o País na Word Expo 2010, em Xangai, com o "Tema
Cidade Melhor, Vida Melhor". O Tambor Arte teve início em julho deste ano.
Os 31 artistas, inscritos via edital, foram selecionados por uma comissão
avaliadora. A ação teve como inspiração um festival anual no México, o
"Tambo Parade". Assim como lá, a SMPP pretende criar uma tradição de todos
os anos haver uma exposição com tambores grafitados.
Além de incentivar o envolvimento do público com sua visibilidade dentro das
estações, o Tambor Arte "vai revelar o grafite como expressão artística, o
que ajuda a diminuir a visão negativa que muitos têm dessa modalidade", diz
o grafiteiro e professor de sociologia Camilo Thomaz Benedito. "Quando
comecei a pintar, em 2003, havia mais preconceito. Agora tem mais abertura
pro grafiteiro. Quando acham que estamos pichando, alguém fala 'Não, isso é
grafite'", conta o professor. Sobre a participação na World Expo 2010 em
Xangai, ele ressalta que é importante "projetar nosso grafite pra fora.
Quando a gente fala de grafite no cenário mundial, São Paulo é um dos
lugares mais conceituados. Estamos num lugar que fervilha cultura", comenta.
"Existem alguns grafiteiros que já são famosos aqui no Brasil e no exterior,
mas o espaço é muito restrito. Então é bem interessante essa iniciativa do
Tambor Arte de divulgar outras pessoas que como eu pintam também", afirma
Jéssica Gomes Cajuela, para quem o grafite é a linguagem artística mais
democrática que existe.
Fonte Prefeitura
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