Antes de votar pense: Ex-desempregado virou dono de loja de bolos

Ex-desempregado, Sergio virou dono de loja de bolos. Ao lado da mulher Ana, ele começou a vender a produção na calçada. Com o empréstimo, pôde expandir os negócios.

No distrito de Perus, na Zona Norte de São Paulo, Sergio Luís Rodrigues Barbosa e a mulher Ana Conceição Lopes vivem da venda de bolos recheados. O casal tem um carrinho de rua e uma loja. Mas não foi sempre assim. Ex-metalúrgico, Sergio ficou desempregado e não conseguia mais uma recolocação no mercado de trabalho. Para ter algum dinheiro e sustentar a família, fazia bicos.

A situação precária preocupava Barbosa e Ana. Foi quando tiveram a ideia de aproveitar a “boa mão” de Ana na cozinha fazer bolos. Primeiro venderam os produtos, feitos em casa, numa banquinha improvisada instalada no centro de Perus. Depois viram num panfleto que poderiam pegar um empréstimo no programa São Paulo Confia, da prefeitura de São Paulo.

O primeiro empréstimo foi de cerca de R$ 400 e serviu para comprar matéria-prima e um carrinho com vitrine para vender os produtos. Há um ano, o casal abriu a loja Ana Bolos, especializada em bolos para festas. A cozinha é equipada com batedeiras e fornos industriais, tudo comprado com empréstimos do São Paulo Confia. O trabalho é dividido entre o casal e a nora. O quilo do produto sai por R$ 15, em média, e são confeitados cerca de 15 bolos por final de semana, fora os vendidos até hoje por Barbosa no carrinho. A renda mensal do casal é de R$ 2 mil, em média.

A maior dificuldade, segundo o microempresário, é ter a confiança do cliente. “As pessoas costumam ter receio de experimentar quando se trata de um produto alimentício”, explica.

Como funciona. Os programas de microcrédito costumam exigir a formação de grupos de tomadores de recursos, os chamados devedores solidários, que se responsabilizam pelos colegas. Assim que faz o pedido, o tomador do crédito recebe a visita de um agente da instituição que fará uma longa entrevista sobre os planos para os recursos. O propósito é fazer um levantamento sócio-econômico. Alguns bancos também orientam o cliente sobre o uso do dinheiro.

Para os bancos, montar uma estrutura de atendimento para este tipo de financiamento pode não ser tarefa fácil, por isso alguns têm optado por terceirizar a administração desses recursos.

O maior beneficiado com esse movimento é o Bando do Nordeste (BNB), que tem atendido a demanda dos concorrentes e hoje é responsável por 65% do microcrédito mapeado no Brasil, segundo Marcelo Azevedo, executivo da área na instituição.

A carteira de clientes do microcrédito do BNB tem crescido a uma taxa anual de 30% e o volume emprestado aumentou 40% do ano passado para cá. Em março, o desembolso foi de R$ 164,8 milhões e a inadimplência chegou a 1,13%.

Azevedo explica o motivo do crescimento: “A crise afetou mais as atividades formais e estruturadas. Já a economia real, da baixa renda, continuou no mesmo nível de consumo.” / P.P.

[Fonte]



Adicione aos Favoritos: Adicionar ao Blogblogs Adicionar ao Rec6 Adicionar ao Linkk Adicionar ao Technorati Adicionar ao Delicious Adicionar ao Google Adicionar ao Yahoo

Facebook Twitter
Twitter

0 comentários: